As Ciencias Sociais


O comportamento humano é muito complexo e diversificado. Cada indivíduo recebe influências de seu meio, forma-se de determinada maneira e age no contexto social de acordo com a sua formação. O indivíduo aprende com o meio, mas também pode transformá-lo em sua ação social.
Há comportamentos estritamente individuais – como andar, respirar, dormir –, que se originam na pessoa enquanto organismo biológico. São comportamentos estudados pelas Ciências Físicas e Biológicas. Por outro lado, receber salário, fazer greve, participar de reuniões, assistir à aula, casar-se, educar os filhos são comportamentos sociais, pois se desenvolvem no contexto da sociedade.
Ao longo da História, a espécie humana tem organizado sua vida de forma grupal. As Ciências Sociais pesquisam e estudam o comportamento social humano e suas várias formas de manifestação. Desta forma, pode-se dizer que as Ciências Sociais caracterizam-se pelo estudo sistemático do comportamento social do ser humano. Assim, o objeto das Ciências Sociais é o ser humano em suas relações sociais.
Ao mesmo tempo, as Ciências Sociais têm por objetivo ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais e estudar a ação social em suas diversas dimensões. Ao realizar esse objetivo, as Ciências Sociais contribuem para um melhor entendimento da sociedade em que vivemos, fornecendo instrumentos que podem ajudar a transformá-la. O método utilizado pelas Ciências Sociais para conhecer os fenômenos sociais é a investigação científica por meio, principalmente, da observação empírica.
Com o avanço do conhecimento da sociedade, tornou-se necessária a divisão das Ciências Sociais em diversas áreas de conhecimento, de modo a facilitar a sistematização dos estudos e das pesquisas. Essa divisão abrange atualmente as seguintes disciplinas:
- Sociologia: estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida em sociedade. A Sociologia envolve, portanto, o estudo dos grupos e dos fatos sociais, da divisão da sociedade em classes e camadas, da mobilidade social, dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade. Augusto Comte (1798-1857) é tradicionalmente considerado o pai da Sociologia. Foi ele quem pela primeira vez usou essa palavra, em 1839, em seu Curso de Filosofia Positiva. Mas foi com Émile Durkheim (1858-1917) que a Sociologia passou a ser considerada uma ciência.
- Antropologia: estuda e pesquisa as semelhanças e diferenças culturais entre os vários agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução das culturas. Ocupa-se também da diversidade cultural existente nas sociedades industriais. São objetos de estudo da Antropologia os tipos de organização familiar, as religiões, a magia, os ritos de iniciação dos jovens, o casamento, etc.
- Ciência Política: ocupa-se da distribuição de poder na sociedade, assim como da formação e do desenvolvimento das diversas formas de governo. É a Ciência Política que estuda, por exemplo, os partidos políticos, os mecanismos eleitorais.
Não existe uma divisão nítida entre essas disciplinas. Embora cada uma delas esteja voltada preferencialmente para um aspecto da realidade social, elas são complementares entre si e atuam frequentemente juntas para explicar os complexos fenômenos da vida em sociedade.

Objetividade e conhecimento científico

Uma importante característica da observação científica é a objetividade, ou seja, a possibilidade de o cientista obter resultados sem que seus sentimentos pessoais estejam envolvidos. A objetividade é mais difícil de ser alcançada nas Ciências Sociais do que nas Ciências Exatas, por exemplo. Além disso, os cientistas sociais têm mais dificuldade de submeter suas teses à experimentação. De fato, é muito difícil isolar grandes grupos de pessoas e induzi-los a mudanças para verificar seus resultados, como se faz na Biologia, por exemplo.
Apesar dessas dificuldades, a Sociologia é perfeitamente capaz de analisar os fatos sociais com objetividade. É essa possibilidade que faz dela uma ciência.
O primeiro passo para entender a Sociologia – como qualquer ciência – é o conhecimento de seus conceitos básicos. Eles definem os fenômenos que fazem parte de seu campo de estudo e diferenciam a Sociologia das outras Ciências Sociais, pois cada uma delas tem seu próprio corpo de conceitos. Como ciência a Sociologia tem um duplo valor: pode aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si mesmo e da sua sociedade, e pode contribuir para a solução de problemas que ele enfrenta.
Durkheim, um dos primeiros sociólogos, formulou os primeiros conceitos da Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, devendo por isso ser estudados por meio de métodos diferentes dos empregados em outras ciências, preservando a objetividade do conhecimento acima de tudo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Para Analise...(1º e 2º ano) 3º Bimestre.

Leiam o Texto e Comente:



A juventude no Fio da Navalha.
Por Marco Bourguignon


"O homem é o único animal que tem consciência da morte, com essa consciência torna a morte a sua fiel inimiga. Para a morte provoca desafio e para morte entrega os inimigos. É necessário que o poder público e a sociedade civil canalize essa força produtiva e criadora, tirando o jovem das mãos da morte. A rua é o local perigoso, onde a grande parte dos jovens se socializam, com regras e condutas próprias. A escola não consegue tirar a juventude da rua, não mais cumpre o seu papel socializadora e construtora de um bem estar futuro. O mercado de trabalho não traz mais o glamour passado de ter uma profissão e se dedicar a ele como algo honrado. O mercado de trabalho é apenas uma ponte para o consumo, para os apelos da mídia e da sociedade de consumo capitalista. A frustração do mercado de trabalho faz o jovem a buscar novas formas de conseguir chegar ao consumo, essas formas muitas vezes geram a violência e a morte."

Atividade Avaliativa - 2º Ano

Atenção: Leiam o texto com bastante atenção, deixem seus comentários. A participação de Vocês é muito importante.
Abraços.
Padrões sociais de comportamento


Os padrões sociais de comportamento são construídos historicamente ao longo do desenvolvimento da sociedade, de acordo com o contexto de cada época. As regras, normas e valores sociais não são estáticos. Bem, isso você já sabe não é? Mas é importante lembrar que não deixam de existir em momento algum; apenas são substituídos por outros, mais adequados à conjuntura do momento. E, é claro, nem sempre as coisas mudam tão rapidamente. Às vezes, é preciso muito tempo ou alguma transformação radical na estrutura da sociedade para que se possa perceber que as regras do jogo mudaram. Sim, do jogo, porque a vida em sociedade não deixa de ser um jogo, no qual cada peça desempenha um papel e tem uma função específica.
É por meio do controle social que a sociedade, por meio de seus agentes socializadores, consegue pressionar seus membros no sentido de apresentarem o comportamento esperado de acordo com os papéis que cada indivíduo desempenha, sempre no sentido de reforçar as atitudes e os valores permitidos e aceitos socialmente. A persuasão ou a coersão serão os meios utilizados na maioria das vezes para exercer o controle sobre os membros da sociedade, reforçando as atitudes “adequadas”.
Uma das formas de controle social mais eficazes na atualidade são os meios de comunicação de massa, especialmente a mídia eletrônica. Como você sabe, o fornecimento de modelos de comportamento e de atitudes encontra nessa forma de comunicação um agente de socialização. Para o bem e para o mal, digamos assim, de modo geral contribui para consolidar uma sociedade pautada no consumismo, no imediatismo e na transmissão e debates de fatos importantes para a sociedade. Dessa maneira não deixa de exercer seu papel educativo, mesmo que nem sempre esteja contribuído para a formação e/ou consolidação da cidadania da população.
Mas como estabelecer o que é um comportamento “adequado”? É pelo processo de socialização que se aprende, desde criança, como devemos nos comportar em cada situação social, tendo quase sempre um referencial para isso, que normalmente é a família, ao lado da escola. Esses padrões regulares de comportamento podem ser determinados pelos diversos agentes de socialização sujeitos às mudanças decorrentes de uma nova configuração do poder, de acordo com os interesses do estrato social dominante.
É importante lembrar que esses comportamentos ditos adequados estão fortemente relacionados ao que se entende por papel social já que as normas e regras de condutas são estabelecidas de acordo com as expectativas em torno da(s) função(ões) que o indivíduo tem na sociedade. É o papel social que de certa maneira “amarra” os sistemas de conduta, dando-lhes legitimidade e garantindo a estabilidade social. Na medida em que o indivíduo não consiga se adequar e/ou não aceite o (s) papel(eis) que lhe foi (foram) atribuído(s), pode reagir de forma a desestabilizar o sistema social como um todo provisória ou permanente.
Isso quer dizer que nem sempre é possível manter um nível de relacionamento baseado na harmonia, uma vez que cada indivíduo estará sempre em busca de satisfação dos seus próprios interesses. Por mais que entenda como fundamental manter um comportamento dentro do que se espera, a partir dos papéis sociais que desempenha, a partir da posição social que ocupa por conta da valorização desses papéis, em algum momento pode começar a achar que deve ou precisa mudar. E o primeiro sinal de mudança poderá ser visto já no seu comportamento.

Bibliografia:
- Demeterco, Solange Menezes da Silva. Sociologia da educação. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2006. 96p.

Cultura

Cultura
CULTURA é um conjunto coerente e interdependente de normas, crenças e valores que configuram o modo de vida característica de uma sociedade. Pode ser herdada dos nossos ascendentes, sendo alterada de acordo com o contributo dos novos agentes da sociedade. Cada sociedade é caracterizada por uma certa cultura que lhe confere uma marca específica. Na base da identidade cultural existem valores que vão dar coesão aos membros já que são partilhados e aprendidos por todos. Esses valores transformam-se em normas que devem ser cumpridas, caso não o façam constituem um comportamento desviante sujeito às sanções impostas. Elementos da cultura: Materiais – obras realizadas (infra-estruturas, acessibilidade, etc.) ou técnicas (processos de produção). Imateriais – Ideias, usos e costumes e valores dominantes (religiosos, económicos e sócio-políticos).